Embora a nova pandemia de coronavírus tenha afetado vários setores, o mercado imobiliário está crescendo positivamente no Brasil. De acordo com o balanço de outubro da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a recaptura de lançamentos e vendas da corporação após o período mais restritivo da pandemia ocorreu de forma heterogênea entre diferentes segmentos residenciais.
Com base nesse balanço da Abrainc, em agosto deste ano houve um aumento de 58,9% nas vendas de unidades habitacionais em comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, foram comercializadas 13.156 unidades, superando o desempenho do mês anterior, que foi de 13.023 [unidades], e estabelecendo um novo recorde pela corporação desde maio de 2014.
Embora 2020 tenha sido um ano complicado para muitos, podemos afirmar que foi o ano em que conseguimos consolidar as operações na QriarCity (anteriormente conhecida como Qriar Engenharia), empresa na qual investimos, e identificar novos empreendimentos imobiliários futuros. De modo geral, o setor imobiliário residencial tem se destacado bastante, se comparado ao comercial, uma vez que as famílias têm buscado maior conforto em meio ao cenário de pandemia.
Fatores que impulsionaram o crescimento do setor
Mesmo com uma alta taxa de desemprego e um acesso escasso ao crédito, a propriedade da casa própria continua a ser uma prioridade para as famílias. Além disso, durante a pandemia, houve uma maior procura de meios de qualidade, pela necessidade de permanecer mais tempo em casa, no que diz respeito ao distanciamento social.
Outro fator importante para o crescimento do setor tem sido os preços, que têm estado fora de fase nos últimos anos e levaram as famílias a acreditar que este é o momento [certo] para bons negócios. Em outras palavras, é a qualidade de vida aproveitada para um excelente investimento.
A queda da Selic, a taxa básica de juros, para 2% ao ano, também tem sido um dos fatores responsáveis pela retomada do mercado imobiliário, resultando em um aumento do número de financiamentos. Somente em outubro, de acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foram financiados 45,5 mil imóveis, um aumento de 53,6% em relação a outubro do ano passado.
O setor da construção civil, que funciona lado a lado com o setor imobiliário, também teve um aumento durante a pandemia. O indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) para a construção civil registrou um avanço de 3,2% em agosto. Esse resultado ocasionou aumentos de 8,2% e 2,8% nos meses de junho e julho, respectivamente, registrando um adiantamento de 16,6% no trimestre em movimento.
Alta demanda por novas propriedades reais
Apesar da recessão no Brasil e também em Portugal, onde a QriarCity atua, conquistamos números positivos e inéditos em virtude de uma estratégia de longo prazo adotada desde o surgimento do empreendimento. Com uma alta demanda por imóveis novos e um baixo estoque nas regiões que construímos, não tivemos dificuldades em vender produtos que estão muito acima da média em termos de qualidade.
A empresa teve a maior geração de caixa de sua história em 2020. Tivemos um recorde de vendas líquidas e também o maior recebimento líquido da história da empresa. Obtivemos um aumento significativo do lucro líquido em relação aos anos anteriores. Também focamos na recaptura de lançamentos, tanto no Brasil quanto em Portugal, e estamos iniciando um novo projeto de varejo nos Estados Unidos.
No Brasil, a venda de empreendimentos de médio e alto padrão foi mais afetada pelas restrições pandêmicas no campo dos lançamentos, [que] em relação à sua venda cresceram 8,0% nos últimos três meses. Comparativamente, os desenvolvimentos associados ao programa Minha Casa Minha Vida mostraram um desempenho positivo tanto no campo de lançamentos como no de vendas, apresentando um aumento de 61,8% nos últimos três meses.
Este ano, em Portugal, a QriarCity teve apenas um produto sendo desenvolvido, e ficamos surpresos com a alta procura por determinados tipos de propriedades reais. Tomamos a decisão de vender toda a carteira em planta para um investidor, a fim de diminuir o risco da operação, que apesar de ser baixa, deve ser levada em consideração nestes [estes] tempos incertos. Se continuarmos a encontrar bons locais e dada a qualidade da construção de nossos edifícios, não temos medo de uma diminuição na demanda de nosso público.
Por que investir agora no mercado imobiliário?
Atualmente o mercado imobiliário é o setor mais seguro e de maior rendimento entre os investimentos, por não ter oscilações de valor nem riscos em caso de colapso de bancos. Com a baixa taxa Selic, este é o momento ideal para investir e economizar, pois com esta redução da taxa há maior acessibilidade aos financiamentos bancários.
As propriedades reais também podem ser uma fonte de renda muito atraente quando alugadas. Além disso, a compra de um imóvel é um passo importante para a construção de um patrimônio pessoal. É o investimento do presente que deve trazer segurança financeira e lucros no futuro. Com base nos últimos dez anos, os imóveis têm tido uma valorização média de 9,4% ao ano. Em comparação à poupança, seu rendimento foi 44% maior, ou seja, quem optou por investir no setor imobiliário teve um ganho médio de 15,3% ao ano.
No Brasil, os preços ainda estão fora de fase e a demanda está crescendo. Acreditamos que veremos um novo ciclo de aumento de preços nos próximos 3 ou 4 anos. Com retornos em torno de 50% para um comprador dentro deste período, se comparado com a taxa de juros atual, é um ganho astronômico.
Em Portugal, o mercado imobiliário é um dos mais quentes do mundo. Seja por seu clima, qualidade de vida ou custo de vida, ele é um destino procurado por pessoas de todos os lugares.
Embora seja cedo para prever o que acontecerá no mercado no próximo ano, apostamos em uma busca crescente por imóveis residenciais de qualidade. Com a tendência de maior procura por casas por famílias que já adquiriram um imóvel e estão buscando uma atualização, a QriarCity quer aumentar seu alcance de atuação também mantendo a qualidade dos imóveis já existentes, de modo que nossa expectativa para o próximo ano é que o mercado imobiliário seja ainda melhor.