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Além das nuvens: A próxima fase da segurança de dados

3/1/2024

À medida que nossa dependência de dados cresce exponencialmente e com os riscos de perda e interrupção, a Lonestar está emergindo como pioneira na economia espacial em expansão, liderando a tarefa de estabelecer data centers lunares que prometem uma resiliência inigualável contra ameaças terrestres.

Vivemos em uma era em que as informações estão entre as moedas mais preciosas. De transações financeiras a comunicações diárias, compras, registros médicos e até mesmo memórias pessoais, quase todos os aspectos de nossas vidas dependem de dados provenientes de um número cada vez maior de dispositivos. Por trás dessa aparente facilidade de acesso e utilização está uma complexa rede de data centers distribuídos globalmente, coletivamente responsáveis pelo armazenamento de uma imensa quantidade de informações.

Apesar de servir como a espinha dorsal da economia digital, poucos percebem que essa infraestrutura crucial está sujeita a vários riscos. Desastres naturais, como incêndios, terremotos e secas, podem causar danos irreparáveis a esses data centers, comprometendo a integridade dos dados e interrompendo serviços vitais.

Os data centers geram muito calor devido ao seu enorme consumo de energia. Eles são resfriados principalmente por água, mas, surpreendentemente, aproximadamente dependem atualmente de fontes de água situadas em bacias hidrográficas que estão sob estresse moderado a alto devido à seca e a outros fatores.

Os acidentes também representam um risco considerável para os data centers. Em 2021, um incêndio devastou um data center em Estrasburgo, na França, resultando na perda de dados essenciais para as empresas, pois seus backups estavam armazenados no mesmo data center que os servidores ativos - uma medida errada, pois ambos os conjuntos de dados foram destruídos.

Além disso, os métodos tradicionais de transmissão de dados, como cabos de fibra óptica, são vulneráveis a ataques físicos. No Brasil, a distribuição de internet e as conexões telefônicas foram afetadas em várias cidades e estados vizinhos.

É preocupante o fato de prestarmos pouca atenção ao local onde nossos dados são armazenados e de levarmos em conta todos os riscos potenciais aos quais eles podem estar expostos. Surpreendentemente, estamos constantemente correndo o risco de perder o acesso às nossas informações, algo que muitos de nós consideramos garantido. A incapacidade de recuperar dados perdidos de clientes pode prejudicar qualquer empresa, independentemente de seu tamanho, enquanto a perda de dados governamentais pode desencadear uma turbulência impensável.

Em vista desses desafios, indivíduos, empresas e governos devem explorar soluções inovadoras. Uma abordagem promissora é a busca de locais mais seguros e resilientes para os data centers. É aí que entra em cena uma proposta ousada: a Lua.

Elevando o armazenamento de dados a novos patamares

LonestarA Lonestar, membro do nosso portfólio, tem como objetivo estabelecer um conjunto progressivamente avançado de data centers na Lua para oferecer armazenamento de dados de alto nível e recursos de processamento de ponta protegidos contra ameaças terrestres. Investir em soluções como essa é mais do que uma medida preventiva; é uma redução proativa de ameaças.

Em vez de competir diretamente com os data centers terrestres, a Lonestar busca complementá-los no setor de DRaaS (Disaster Recovery as a Service, recuperação de desastres como serviço), permitindo que as organizações protejam sistemas essenciais armazenando-os na superfície lunar.

Em fevereiro deste ano, a Lonestar alcançou um marco significativo com o lançamento de sua missão inaugural, Independence, que serviu como um teste de prova de conceito, concluindo com êxito a transmissão, o armazenamento e a recuperação de documentos digitais. Esse evento marcou a transmissão do primeiro documento digital além do nosso planeta para serviços de armazenamento de recuperação de desastres, sinalizando o início da próxima fase da humanidade na proteção de dados e na preservação do conhecimento coletivo. A próxima empreitada da Lonestar - a Freedom Mission - ocorrerá no final deste ano para estabelecer o primeiro data center físico além dos limites da Terra.

Chris Stott, CEO da Lonestar, expressou a aspiração da empresa de liderar o estabelecimento de um mercado lunar para data centers, com o objetivo de atender à demanda projetada para missões comerciais, governamentais e acadêmicas de armazenamento de dados lunares. Ele também acredita que a Lua será um dos maiores centros de atividades científicas e comerciais no futuro. Embora não revele nomes específicos, entre os clientes atuais da startup estão países membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e grandes corporações, o que ressalta o amplo apelo dessa abordagem inovadora.

De diferentes perspectivas, a economia espacial está começando a revelar um universo cada vez mais vasto de oportunidades. De acordo com a Space Foundation, a economia espacial atingiu um valor de US$ 546 bilhões em 2022 e prevê que o setor espacial ultrapassará US$ 800 bilhões até 2028. À medida que a economia espacial se expande e evolui, aqueles que aproveitarem a oportunidade agora estarão mais bem posicionados para estabelecer bases sólidas e capitalizar as tendências e tecnologias emergentes.

Com nossa dependência de dados crescendo exponencialmente, é essencial pensar além dos limites convencionais e buscar soluções resilientes. À medida que a Lonestar se aventura corajosamente no campo das soluções de dados baseadas na Lua, isso significa uma mudança de paradigma na forma como abordamos a segurança de dados.

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