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Health

Safe beauty é o novo must-have da indústria da beleza

10/17/2023

Nos últimos anos, o mercado de produtos de skincare viu o crescimento do movimento clean beauty, termo que nunca teve uma definição clara. A ciência e a tecnologia oferecem uma alternativa melhor, que une preocupação ambiental e segurança para sua saúde

 

Qualquer pessoa que olhe como os rótulos dos produtos de beleza evoluíram na última década percebe que eles ganharam termos que acabam influenciando a decisão de compra dos consumidores, como “natural”, “green” e “não tóxico”. Uma tendência em especial ganhou enorme espaço na indústria nos últimos anos: a dos produtos “clean”.

 

A última pesquisa da McKinsey & Company sobre bem-estar nos seis países que representam os maiores mercados do setor no mundo (Alemanha, Brasil, China, Estados Unidos, Japão e Reino Unido) mostrou que a maioria dos consumidores prefere produtos naturais/clean para os cuidados com a pele, mesmo que sejam menos eficazes —enquanto 36% dizem escolher a alternativa mais natural/clean, 21% optam pela mais eficaz.

   

A crescente popularidade dos produtos clean gerou um grande movimento na indústria, o chamado “clean beauty”. Marcas foram estabelecidas com base na premissa dos ingredientes clean, e o termo se tornou uma palavra guarda-chuva para tudo que fosse livre de componentes tóxicos, sem prejuízos ao meio ambiente, não testados em animais, orgânico etc.. Em suma, bom para a saúde e para o planeta.

 

Mas o clean é confiável?  

 

Quando a tendência clean decolou como um movimento global na indústria da beleza, a partir da década de 2010, a intenção era designar produtos com duas características básicas:  

  • Ausência de ingredientes potencialmente tóxicos e nocivos
  • Feitos com processos ecologicamente corretos

 

Portanto, muitas marcas chamam seus produtos de clean com boas intenções. Mas existem dois problemas. O primeiro é que não há uma definição sobre seu significado — nenhuma das grandes agências reguladoras do mundo jamais definiu requisitos para um produto ser clean. Daí surgiu o segundo problema. Como não existe regulação, cada marca pode dar sua própria interpretação sobre o que chama de clean.

 

Isso permitiu a muitos fabricantes vender produtos rotulados como clean com base em seus próprios critérios ou interesses comerciais. Em muitos casos, o clean se tornou apenas uma fachada para atrair pessoas legitimamente preocupadas com os perigos para a saúde e o meio ambiente. Logo, confiar apenas nessa palavra impressa em um rótulo pode ser arriscado.

 

A ascensão do safe beauty

 

No início do movimento clean beauty, é verdade que algumas marcas também destacavam a segurança dos produtos como item necessário para ser clean. Em meio ao boom de mercado e à medida que os disfarces foram ficando evidentes, porém, a tendência foi se diluindo.

 

Durante a pandemia, o conceito de segurança voltou a ganhar importância. A covid-19 teve efeitos psicológicos na população global, colocando a ciência em evidência. Empresas de inteligência de mercado como a Mintel, sediada em Londres, identificaram que os consumidores agora não querem produtos apenas sustentáveis, mas que também sejam seguros e eficazes. Por isso, as marcas precisam fornecer evidências científicas da eficácia e segurança do que estão oferecendo.

 

Nesse cenário, o termo “safe beauty” vem ganhando cada vez mais adeptos no mercado porque permite uma definição clara:

  • Indica com precisão que o produto não prejudica a pele
  • Assegura que os ingredientes foram testados em laboratório
  • É produzido com tecnologia baseada na ciência

Mas não basta apenas afirmar que um produto é seguro e eficaz. A indústria da beleza está começando a se acostumar com consumidores exigentes, que querem ter acesso aos resultados dos testes de produtos e entenderem o processo científico que comprova cada benefício. Agora, a prova científica é o maior argumento que uma empresa do ramo de beleza e saúde pode oferecer. Não basta dizer; é preciso provar.

 

A beleza da ciência

 

Para produtos de skincare, a melhor maneira de descobrir seus efeitos na pele humana é, sem dúvida, testá-los na própria pele humana. Mas como fazer isso sem colocar em risco pessoas reais? Cientistas da OneSkin, uma empresa de portfólio da 2Future, desenvolveram modelos de pele humana em 3D para realizar os testes.

 

As peles produzidas em laboratório têm todas as características da pele humana natural. Elas são expostas aos ingredientes que compõem os produtos, e a equipe de especialistas avalia em seguida:

  • Como a saúde da pele é afetada, com base em marcadores genéticos e morfológicos (indicadores que mostram como os organismos se comportam)
  • Quais alterações no tecido e nas células de cada camada da pele podem ser visualizadas usando imagens microscópicas.

O procedimento permite determinar a segurança e a toxicidade de uma determinada substância em nível celular, e também possíveis benefícios. A técnica comprovou, por exemplo, a diferença de resultados entre produtos populares no mercado e o suplemento tópico OS-01, lançado pela OneSkin depois que a empresa desenvolveu o primeiro peptídeo (um composto de aminoácidos) capaz de prevenir e reverter o envelhecimento da pele com segurança e eficácia comprovadas cientificamente.

 

Processos de testagem transparentes e baseados em evidências, como os praticados pela OneSkin, são essenciais para o safe beauty se consolidar. A tecnologia e a ciência oferecem o caminho para qualquer tentativa de regulamentação do termo no futuro.

 

Enquanto isso, existe uma fórmula comprovada para a indústria da beleza aumentar a confiança dos consumidores: educar o público sobre suas técnicas e mostrar como a pesquisa científica pode resultar em produtos revolucionários —e seguros. Transparência e informação são os melhores ingredientes para conquistar o novo perfil de consumidor da indústria da beleza.

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